Eduardo Cunha é hostilizado novamente

João Bosco Lacerda
No plenário, ativistas de movimentos homossexuais protestaram contra o deputado - Foto: Marcelo Bertani/Agência ALRS

Brasília – Três dias após ser vaiado por ativistas gays em São Paulo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a ser alvo de hostilidade por integrantes de movimentos LGBTs – desta vez, em Porto Alegre. Na abertura de um fórum sobre reforma política na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS), cerca de 30 manifestantes fizeram um apitaço e gritaram palavras de ordem contra o deputado. O vice-presidente da República, Michel Temer, estava presente no evento, assim como o governador do estado, José Ivo Sartori, ambos peemedebistas.

Fiel da Assembleia de Deus, Cunha desarquivou o projeto que estabelece a criação do “Dia do Orgulho Hétero” ao assumir a presidência da Câmara. O deputado também vem sendo alvo de crítica dos movimentos LGBTs por declarações contrárias ao aborto, que, segundo ele, não será descriminalizado enquanto ele comandar a Casa. Os manifestantes chegaram à assembleia antes das 9h, com faixas e apitos. Por causa do tumulto, o deputado estadual Edson Brum (PMDB-RS), presidente da ALRS, encerrou a sessão no Auditório Dante Barone e a transferiu para o plenário, local fechado aos manifestantes.

No fórum, Cunha reclamou dos ativistas e disse “não levar em conta quem não respeita nem o Hino Nacional”, em referência ao fato de os protestos contra ele não terem sido interrompidos enquanto a música era executada.

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