Brasília, 31 - O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, deixou nesta terça-feira, 31, uma audiência pública na Câmara, onde discutia com deputados as mudanças nas regras do auxílio-doença e a pensão por morte previstas na Medida Provisória 664. O ministro estava sendo interrogado por parlamentares contrários à medida quando avisou que havia sido chamado pela presidente Dilma Rousseff para uma reunião no Palácio do Planalto.
No momento em que Gabas saiu, a presidente discursava na posse do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Edinho Silva. Gabas deixou no seu lugar o secretário-executivo da Previdência, Marcelo Freitas.
A saída do ministro gerou mal estar entre os parlamentares, inclusive entre membros da base contrários à MP. Alguns deputados sugeriram encerrar a audiência, mas a base governista manobrou para que Freitas fosse ouvido. A audiência segue, a pedido da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), mas está esvaziada neste momento.
O ministro voltou a afirmar, na saída, que a MP 664 não tem relação direta com ajuste fiscal elaborado pelo Ministério da Fazenda para salvar as contas públicas. Segundo Gabas, a mudança é parte de uma reestruturação do sistema previdenciário.
"Não foi mandada a Medida Provisória 664 com o objetivo de fechar conta, de economizar recursos imediatamente. Elas foram mandadas pela oportunidade. Não têm nada a ver com ajuste fiscal. São medidas de sustentabilidade da Previdência Social no tempo", disse.