O acordo com o ministro foi costurado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) e pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da CAE.
O senador afirmou que o acordo era "factível" tanto para os governo locais e o federal. "É compatível com a necessidade do governo, que tem problema de caixa, e a necessidade dos Estados e municípios de receber um dinheiro que eles pagarão da dívida", disse Jucá.
O acordo foi apresentado somente ao final da sessão para que não parecesse uma vitória do governo. Durante a reunião de líderes partidários no meio da tarde não havia sido fechado acordo. Houve desacordo também sobre a derrubada dos pedidos de urgência para que esta matéria e a que tratava da convalidação dos incentivos fiscais terem sido mantidos, a base aliada conseguiu usar manobras regimentais para adiar a votação.
Já no início da sessão, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), colocou em votação um requerimento para inverter a pauta e votar antes a questão da convalidação dos incentivos ficais para os Estados e depois a das dívidas estaduais.
O projeto, considerado polêmico por tratar da guerra fiscal entre os Estados, suscitou um longo debate, o que fez com que o quórum diminuísse o plenário ficasse esvaziado.
Convalidação
Durante a audiência, Levy o ministro da Fazenda também fez um apelo para que o projeto da convalidação não fosse votado pelo Senado, defendendo a aprovação fosse deixada para o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
O ministro justificou o pedido recomendando que a convalidação deveria ocorrer apenas após a unificação das alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual, o que eliminaria o risco da guerra fiscal para os investidores. "Nem importa o prazo da unificação, oito anos ou dez anos.