O projeto de ampliação do metrô de Belo Horizonte parou de vez e corre o risco de andar para trás. A obra mais lembrada pelos candidatos aos cargos do Executivo em período eleitoral foi anunciada em setembro de 2011 pela presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o cronograma apresentado, já no início de 2015 um novo transporte estaria em funcionamento, com trens mais rápidos e todas as estações reformadas na Linha 1 – que liga o Eldorado até Venda Nova. A realidade, no entanto, é bem diferente. Em quase um ano, nada avançou e as indefinições sobre as próximas etapas continuam. Em janeiro, depois de reunião entre o governador Fernando Pimentel (PT) e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), ficou acertado para fevereiro um encontro em Brasília para definir os próximos passos da obra no metrô da capital mineira. O encontro não aconteceu e não tem data marcada.
Desde maio do ano passado, quando o governo de Minas entregou ao Ministério das Cidades o projeto da Linha 3, entre a estação da Lagoinha e a região da Savassi, o andamento do metrô de BH está completamente paralisado. O então governador Alberto Pinto Coelho (PP) definiu com o ex-ministro das Cidades, Gilberto Occhi (PP), um cronograma para início das obras do projeto da linha que atravessaria a região Centro-Sul. Anunciou ainda que estavam concluídos os projetos de ampliação da Linha 1 – até o Novo Eldorado – e de construção da Linha 2, que ligaria a estação Nova Suíça ao Barreiro. Equipes técnicas da Caixa Econômica Federal, que participa dos investimentos junto com a pasta das Cidades, barraram o projeto. Segundo a Caixa, o projeto não tinha detalhamentos do orçamento e faltava documentação necessária para a liberação dos recursos.
Durante o período eleitoral, a responsabilidade sobre os adiamentos e atrasos na ampliação do metrô se tornou um cabo de guerra entre tucanos e petistas. Enquanto tucanos cobravam a falta de liberação dos recursos prometidos ainda em 2011, petistas apontavam incompetência dos gestores tucanos na elaboração dos projetos executivos. Com a eleição de Fernando Pimentel (PT), ganhou força a expectativa de que uma dobradinha petista nos governos federal e estadual poderia acelerar o ritmo do projeto. O início da gestão petista à frente do Palácio Tiradentes, no entanto, não se reverteu em boas notícias para as obras do metrô na capital. No encontro entre Pimentel e Kassab, em janeiro, o ministro anunciou o plano de “garantir a continuidade dos projetos em andamento” e “destravar ações que não estejam no ritmo adequado”.
Para piorar o quadro, uma das propostas que será discutida entre governo de Minas e o governo federal pode gerar novo atraso para as obras no metrô, retornando todo o projeto à estaca zero. Pimentel estuda lançar uma consulta popular para ouvir moradores da Região Metropolitana de BH sobre quais regiões devem receber os novos trechos do metrô, mas, ainda não existe definição se essa mudança faria com que os projetos já elaborados fossem descartados ou se seriam uma nova etapa no projeto de expansão do metrô. Nos últimos anos, foram gastos mais de R$ 60 milhões com os estudos e sondagens do solo na capital. Segundo nota da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), “a expansão e melhoria do metrô de BH, encontra-se em reavaliação pelo atual governo de Minas, juntamente com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Enquanto isso...
...Outro ritmo em SP
Apesar do atraso anunciado na segunda-feira, que gerou muitas críticas da população, o ritmo das obras no metrô paulista está em estágio muito avançado em relação ao metrô da capital mineira. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu adiamento do início das operações da Linha Lilás e do monotrilho (Linha 17) para 2017, três anos depois da previsão inicial – mesmo ano em que estão previstos apenas o início das obras no metrô de Belo Horizonte. O metrô da capital paulista tem 78 quilômetros de extensão, com seis linhas em funcionamento, e conta com 62 estações. A expansão do metrô paulista está em obras, com três equipamentos de perfuração e escavação em atividade. Segundo Alckmin, se as empreiteiras contratadas não retomarem o ritmo das obras até o final de abril, o governo deve rescindir o contrato para a ampliação do metrô.
Desde maio do ano passado, quando o governo de Minas entregou ao Ministério das Cidades o projeto da Linha 3, entre a estação da Lagoinha e a região da Savassi, o andamento do metrô de BH está completamente paralisado. O então governador Alberto Pinto Coelho (PP) definiu com o ex-ministro das Cidades, Gilberto Occhi (PP), um cronograma para início das obras do projeto da linha que atravessaria a região Centro-Sul. Anunciou ainda que estavam concluídos os projetos de ampliação da Linha 1 – até o Novo Eldorado – e de construção da Linha 2, que ligaria a estação Nova Suíça ao Barreiro. Equipes técnicas da Caixa Econômica Federal, que participa dos investimentos junto com a pasta das Cidades, barraram o projeto. Segundo a Caixa, o projeto não tinha detalhamentos do orçamento e faltava documentação necessária para a liberação dos recursos.
Durante o período eleitoral, a responsabilidade sobre os adiamentos e atrasos na ampliação do metrô se tornou um cabo de guerra entre tucanos e petistas. Enquanto tucanos cobravam a falta de liberação dos recursos prometidos ainda em 2011, petistas apontavam incompetência dos gestores tucanos na elaboração dos projetos executivos. Com a eleição de Fernando Pimentel (PT), ganhou força a expectativa de que uma dobradinha petista nos governos federal e estadual poderia acelerar o ritmo do projeto. O início da gestão petista à frente do Palácio Tiradentes, no entanto, não se reverteu em boas notícias para as obras do metrô na capital. No encontro entre Pimentel e Kassab, em janeiro, o ministro anunciou o plano de “garantir a continuidade dos projetos em andamento” e “destravar ações que não estejam no ritmo adequado”.
Para piorar o quadro, uma das propostas que será discutida entre governo de Minas e o governo federal pode gerar novo atraso para as obras no metrô, retornando todo o projeto à estaca zero. Pimentel estuda lançar uma consulta popular para ouvir moradores da Região Metropolitana de BH sobre quais regiões devem receber os novos trechos do metrô, mas, ainda não existe definição se essa mudança faria com que os projetos já elaborados fossem descartados ou se seriam uma nova etapa no projeto de expansão do metrô. Nos últimos anos, foram gastos mais de R$ 60 milhões com os estudos e sondagens do solo na capital. Segundo nota da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), “a expansão e melhoria do metrô de BH, encontra-se em reavaliação pelo atual governo de Minas, juntamente com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Enquanto isso...
...Outro ritmo em SP
Apesar do atraso anunciado na segunda-feira, que gerou muitas críticas da população, o ritmo das obras no metrô paulista está em estágio muito avançado em relação ao metrô da capital mineira. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) admitiu adiamento do início das operações da Linha Lilás e do monotrilho (Linha 17) para 2017, três anos depois da previsão inicial – mesmo ano em que estão previstos apenas o início das obras no metrô de Belo Horizonte. O metrô da capital paulista tem 78 quilômetros de extensão, com seis linhas em funcionamento, e conta com 62 estações. A expansão do metrô paulista está em obras, com três equipamentos de perfuração e escavação em atividade. Segundo Alckmin, se as empreiteiras contratadas não retomarem o ritmo das obras até o final de abril, o governo deve rescindir o contrato para a ampliação do metrô.