O combate à inflação aparece na quarta posição do item desaprovação (84%), seguido da saúde (85%). "As medidas de ajuste fiscal e o aumento de juros geraram maior insatisfação. As questões econômicas passam a ser as mais criticadas do governo. Claramente, o que a gente percebe é a insatisfação da população com a situação econômica atual", avaliou o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
A área econômica ganhou maior destaque em relação às de saúde e segurança pública, que, historicamente, registram as piores avaliações. Segundo Fonseca, as variações econômicas, boas ou ruins, são creditadas ao governo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 25 de março, envolvendo 2.002 entrevistados maiores de 16 anos em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o grau de confiança é 95%.
De acordo com a pesquisa, Dilma registrou a pior popularidade desde seu primeiro mandato. Também teve a pior avaliação em relação aos primeiros meses de governos anteriores desde 1995.
Para Fonseca, a avaliação pode melhorar. Ele compara a situação às manifestações de junho de 2013. Acrescentou que as opiniões podem estar "inflacionadas" pelas recentes manifestações contra o governo e denúncias de corrupção.
"Ela caiu muito. Acho difícil uma queda maior que esta. podem estar inflacionadas, como ocorreu em junho de 2013. Fizemos uma pesquisa em junho, outra em julho e em setembro. Houve recuperação em setembro. Não me surpreenderá se em junho houver um aumento em relação a março", esclareceu o gerente.
A pesquisa indica que, após impostos e taxa de juro, a saúde está em terceiro lugar no item desaprovação, com 85%. Os dados revelam que 13% que aprovam o setor e 2% não sabem ou não responderam. Em relação ao combate à inflação, 84% desaprovam; 13% aprovam; e 3% não sabem ou não responderam.
Nas demais áreas, os percentuais de desaprovação, aprovação e não sabem ou não responderam alcançam, respectivamente, 79%, 19% e 2% (combate ao desemprego); 73%, 25% e 2% (educação); e 66%, 25% e 9% (meio ambiente). O combate à fome e à pobreza teve a maior aprovação (33%), antea 64% de desaprovação. .