São Paulo - Em inserções de rádio e TV previstas para terça-feira, 07, quinta-feira, 09, e sábado, 11, o PT vai trazer um discurso de "amor" para contrapor o "ódio" que, na análise da direção, vem crescendo contra o partido. Segundo fontes petistas ouvidas pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que acompanharam as discussões sobre o material, as inserções não vão trazer depoimentos da presidente Dilma Rousseff ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Vão ser pessoas comuns, falando do que acham dos 12 anos de PT, quase uma profissão de fé em defesa do legado histórico do governo petista", relatou uma das fontes.
O material foi elaborado na mesma linha do manifesto feito por diretórios regionais do PT, e corroborado por Lula e pelo presidente da legenda, Rui Falcão, em 30 de março. O argumento que o partido quer trazer é de que a legenda tem sido vítima de ataques "virulentos". A direção partidária defende que é preciso sair da defensiva e mostrar repetidamente o legado dos governos Lula e Dilma.
Para isso, as entradas de rádio e TV dos próximos dias vão apostar em depoimentos e falas sobre como o PT tirou milhões da miséria e promoveu o acesso dos mais pobres ao ensino superior.
No dia 5 de maio, o PT terá um programa partidário de 10 minutos. Segundo as fontes ouvidas pela reportagem, o conceito da peça ainda está em elaboração, mas há um pedido de Falcão e de outros dirigentes para que haja um foco maior no partido em detrimento da defesa do governo. "Os governos são naturalmente pauta na mídia, mas o PT também tem sido vítima de uma campanha sistemática contra o partido nas redes sociais e vai ser o momento de a gente desmistificar isso, tirar a imagem da legenda ligada apenas ao noticiário negativo."
O PT terá seu V Congresso em junho, em Salvador, para discutir formas de renovar a legenda. O evento é mencionado no material que vai ao ar nos próximos dias e deve ganhar enfoque maior no programa do dia 5.