Merendeiras ligadas à CUT fazem passeata em Sorocaba

Sorocaba - Merendeiras das escolas municipais de ensino fundamental saíram em passeata pelas ruas centrais de Sorocaba, na manhã desta terça-feira, 7, alegando atraso no pagamento de salários.
A manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Sorocaba e Região (Sindirefeições), ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT). O sindicato aproveitou a mobilização para defender o governo federal e atacar a administração local, do PSDB.

Às 10 horas, os manifestantes se concentravam em frente à prefeitura. Com faixas e cartazes, cerca de 200 profissionais, segundo a Guarda Civil Municipal, caminharam seis quilômetros do centro até o Palácio dos Tropeiros, sede da administração, no Alto da Boa Vista. Uma pista da Av. Dom Aguirre, a principal da cidade, foi interditada e houve congestionamentos.

As merendeiras alegam atraso no pagamento dos salários e falta de pagamento do vale-refeição. Elas estão em greve desde a segunda-feira 6. De acordo com o sindicato, uma parte das merendeiras foi mantida em serviço para evitar prejuízo para alunos, mas algumas escolas avisaram os pais que não haveria aula.
A prefeitura informou que o serviço de merenda nas escolas municipais é terceirizado e os repasses à empresa contratada estão em dia. A empresa alegou que os salários e o vale-transporte já foram depositados nas contas das trabalhadoras.

Protestos

As centrais sindicais e os movimentos sociais, que compõem a base social dos governos petistas, vão às ruas nesta terça-feira numa série de protestos que terão como alvo principal o Congresso Nacional. Os atos estão marcados em 12 capitais brasileiras.

Além de palavras de ordem contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff - algo já registrado em mobilização semelhante realizada no dia 13 de março - , entidades como a CUT, CTB e o MST vão protestar contra o projeto de lei que altera o sistema de contratação de profissionais terceirizados, considerado por eles um "atentado" ao mercado de trabalho.

O motivo, segundo as principais lideranças, é a urgência. O projeto de Lei 4.330/04 pode ser colocado hoje para votação em plenário da Câmara, comandada pelo peemedebista Eduardo Cunha (RJ). Uma reunião de líderes, à tarde, definirá se o projeto entrará em votação ou não..