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Estado de Minas GOVERNABILIDADE

PMDB barra ida de Padilha para o cargo de articulador político do governo

Principais lideranças peemedebistas vetam a ida do ministro da legenda, Eliseu Padilha, para o cargo de articulador político do governo Dilma


postado em 07/04/2015 10:41 / atualizado em 07/04/2015 12:14

Peemedebistas avaliam que ida de Eliseu Padilha para a Secretaria de Relações Institucionais de um governo com baixa popularidade não atende aos interesses do partido(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Peemedebistas avaliam que ida de Eliseu Padilha para a Secretaria de Relações Institucionais de um governo com baixa popularidade não atende aos interesses do partido (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mais uma estratégia do governo da presidente Dilma  Roussseff para acalmar os ânimos no Congresso não deverá surtir efeito. Ao menos é o que garantiu nesta terça-feira o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (PMDB). Picciani disse que o ministro da Aviação, Eliseu Padilha, não irá aceitar a função de articulador político do Planalto.

Hoje, a responsabilidade é do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, que vem encontrando resistências  entre aliados das hostes peemedebistas e até petistas. Por isso, Lula teria sugerido a Dilma que encontrasse uma liderança com bom trânsito na base governista, em especial no PMDB, que vem comandando seguidas derrotas da presidente no Congresso, tendo à frente os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros,  respectivamente.

O convite para que Padilha susbstitua Pepe Vargas (PT) na Secretaria de Relações Institucionais foi feito nessa segunda-feira (6), após a posse do ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. À noite, porém, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), demonstrou que o impasse com o partido ainda continuava.

"Se a presidente escolheu (Padilha) por opção dela, parabéns. Da nossa parte, não há indicação desta natureza nem achamos que esta é a razão para melhorar ou piorar a relação com o governo", disse Cunha, ao sinalizar que o seu indicado para o primeiro escalão é o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

Convite


Ao  fazer o convite, Dilma estava ao lado do vice-presidente, Michel Temer, quando fez a sondagem a Padilha, sob o argumento de que precisava da "experiência" dele no Planalto. Ex-ministro dos Transportes de Fernando Henrique Cardoso, o titular da Aviação Civil disse que estava "à disposição", mas nada foi fechado ali.

O líder do PMDB argumentou nessa terça-feira que a recusa de Padilha em assumir o cargo, comunicado à Dilma na noite dessa segunda-feira, tem a ver com o fato de que assumir a secretaria de Relações Instituicionais não é um pleito dos peemedebistas. Ao contrário, conforme Picciani, a secretaria em um  governo com a popularidade em baixa, segundo apontam pesquisas, só tem a função de “fritar ministro”.

Padilha

O ministro Eliseu Padilha ainda não se pronunciou sobre o assunto. Na conta que mantém no Twitter, a divulgação da agenda do ministro sinaliza que ele continua comprometido, durante todo o dia de hoje, com a pasta da Aviação. A agenda indica compromissos que começaram às 9h30 desta terça-feira e só devem ser encerradas depois das 18h30.


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