O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, criticou a proposta do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de alteração no projeto que trata da terceirização de qualquer atividade em empresas públicas e privadas.
"Por que ele sugere isso depois de 11 anos (do projeto em tramitação) no dia (da votação) da lei? O ministro não pôde pensar antes de ontem? Ele está a serviço de quem?", questionou. Skaf acha que, com isso, Levy tenta postergar a votação.
O presidente da Fiesp lembrou que o ministro, no fim de dezembro, quando já havia sido indicado para o cargo, defendeu a terceirização, afirmando que ela iria ajudar na aceleração do processo de formalização dos empregos no Brasil. Skaf negou que o projeto retira direitos dos trabalhadores. Segundo ele, a proposta afasta a insegurança jurídica que prejudica as empresas e o próprio trabalhador.
Do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Skaf ouviu uma declaração de apoio. "Vamos trabalhar a favor de um projeto que é fruto de um amplo debate na Casa, que tramita há 11 anos no Congresso, portanto está bastante amadurecido", disse o peemedebista.
Segundo o projeto de lei, haverá possibilidade de terceirização de todas as atividades, inclusive as atividades-fim. Hoje, apenas as atividades-meio podem ser terceirizadas. Por exemplo: sem a aprovação do projeto de lei, uma faculdade pode terceirizar apenas serviços como faxina e segurança, mas não os de educação.