Adi liderou uma passeata que reuniu algumas centenas de pessoas em São Paulo com objetivo de protestar contra a terceirização em atividades fim, como está no PL. Ele disse que o movimento não foi maior na capital paulista porque boa parte da mobilização foi deslocada para Brasília, com sindicalistas dos setores metalúrgico, bancário e químico.
"Como é votação em dois turnos, vamos fazer mobilizações bem maiores aqui e em Brasília. A sociedade precisa comprar essa briga, porque não são só os sindicalistas, esse projeto prejudica a classe trabalhadora como um todo", disse Adi. Segundo ele, com a terceirização de atividades fim, os trabalhadores podem ganhar de 30% a 40% menos e não terem os mesmos benefícios em relação aos contratos diretos com as empresas.
O sindicalista admite que, neste momento, a perspectiva de alterar o projeto de lei de forma a evitar a terceirização de atividade fim não é positiva. Mas, ao longo dos próximos meses, acredita que o ônus político de um projeto tão impopular vai pesar sobre os parlamentares.
"Temos ciência de que temos hoje um Congresso reacionário, que não tem a cara da classe trabalhadora, que passa por falta de credibilidade. Mas, mesmo com esses problemas, achamos que passar esse projeto 4330 vai ficar muito feio para o Congresso.".