O senador Aécio Neves(PSDB) comentou nesta quarta-feira a divulgação, pelo governo de Minas, de dados de uma consultoria que aponta déficit de cerca de R$ 7 bilhões nos cofres do estado. Segundo Aécio, a administração de Fernando Pimentel (PT) está sendo feita “olhando pelo retrovisor” e classificou o ato como “grande encenação”. “Acho que é um atestado de fracasso de um governo que não começou. Eu costumo dizer que quem dirige olhando pelo retrovisor, corre o risco de bater, bater forte. E no caso do PT de ter perda total. Então acho que é uma grande encenação”, disse, após participar de encontro do PSDB.
O tucano partiu para o ataque ao dizer que o atual governo “ainda não começou”. Perguntado se contesta os dados, ele afirmou, sem entrar em detalhes, que isso será feito “por quem está avaliando”.
A fala do senador que teve seu grupo político à frente do estado nos últimos 12 anos - com o próprio Aécio, Antônio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP) -, está alinhada com os deputados estaduais do partido que já saíram em defesa do legado administrativo tucano em Minas.
Em nota, o governo de Minas reafirmou as informações e disse que o diagnóstico foi feito de forma criteriosa. “O Governo de Minas reafirma as informações divulgadas no amplo e criterioso diagnóstico realizado nos primeiros 90 dias de governo e reitera o compromisso com a população de, ao longo dos próximos quatro anos, manter a transparência sobre a real situação do estado”, afirmou o texto.
Na última segunda-feira, o governador Fernando Pimentel afirmou que a situação do estado é “crítica”. Ele disse que a divulgação dos dados não teria caráter político, mas afirmou que recebeu a casa “desarrumada” e que precisará “ser transparente” para recuperar a capacidade de gerenciamento do estado. “Não é uma disputa política, não tem nenhum outro objetivo a não ser cumprir com os compromissos assumidos com Minas. A situação é grave e crítica do ponto de vista orçamentário, financeiro e de gerenciamento”, enfatizou.
Os dados do diagnóstico foram apresentados em coletiva por Pimentel e pelo secretário da Fazenda, José Afonso Bicalho; secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães e Murilo Valadares, responsável pela pasta de Transporte e Obras Públicas. O governador ainda ressaltou que o déficit de mais de R$ 7 bilhões previsto para contas públicas este ano é o resultado de um problema crescente no estado. "O que o estado tem a oferecer é um déficit.