Prestes a completar uma semana no cargo, ele ainda se debruça sobre detalhes do MEC. Na quarta-feira, 8, almoçou com dois ex-titulares da pasta - o prefeito Fernando Haddad (PT) e o atual diretor do BNDES, Henrique Paim - e com Luiz Cláudio Costa, que ficou interinamente no cargo neste ano e voltou para a chefia de gabinete.
Janine diz ter ficado "muito contente" com a repercussão favorável por sua nomeação. "Não esperava ser convidado e não esperava ter uma acolhida tão boa. Agora tenho um pouco de bom senso e não deixo a vaidade tomar conta. Uma coisa significativa é que a reação expressa a crença muito grande na educação.
"Há políticos que são excelentes gestores, de educação inclusive. Temos um médico que foi um bom ministro da Fazenda, o caso do (Antônio) Palocci, e um economista que foi um bom ministro da Saúde, o (José) Serra", diz o Janine ao avaliar nomeações feitas.
Imposto para educação
Questionado se setores da sociedade estão preparados para que o dinheiro saia de algum lugar e vá para educação, o ministro afirma que será "uma batalha longa de conscientização". "Vamos ter de conscientizar as pessoas de que o dinheiro da educação é um dos melhores gastos existentes. Há no País um descontentamento grande com a carga tributária. Isso está engessando os gestores, tanto na União quanto nos Estados e nos municípios", diz.
Sobre a criação de um imposto, Janine crê que é a "sociedade que tem de escolher o que quer". "Se ela quer bons professores, tem de escolher. Hoje tem a convicção de muita gente de que o dinheiro público é mal gerido. Então o que podemos fazer é ter absoluta transparência, mostrando o êxito de ações. A gente vai oferecer cada vez mais é essa relação custo-benefício. A sociedade tem de perceber quando o uso do dinheiro na educação é bom para perceber o que ela quer fazer do dinheiro. Mas a este ministério não cabe fazer essa proposta (de aumentar impostos)."
A educação básica
Para Janine, a educação de base é a prioridade porque "é o que vai durar mais tempo".
Professores
No momento, professores da rede estadual de São Paulo estão em greve e docentes federais já iniciam campanha salarial. Será possível conversar sobre valorização docente neste ano?
Janine defende o diálogo com professores em greve ou em campanha salarial no País. "Será possível conversar sobre valorização dcom os Será necessário conversar. Conversar sempre. A qualidade dos professores depende de muitas coisas, mas precisa ter valorização salarial. Isso está muito colocado na meta 17 do PNE. Porque o PNE é quase a Constituição da educação, é a Constituição do nosso futuro.
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