Em uma rápida exposição inicial, o tesoureiro optou por usar um slide.
Ao citar reportagem do Estadão, Vaccari disse que 65% das doações ao PT são de empresas não investigadas na Lava Jato. Segundo ele, o PMDB recebeu 24% das doações de investigadas, o PT, 23%, e o PSDB, 20%.
Vaccari negou ter recebido doações de caixa dois disfarçadas de repasses legais. "Durante todo o período que estou à frente da Secretaria de Finanças do PT, sempre que fiz visitas a empresas e a pessoas físicas, as doações foram voluntárias e sempre foi esse o nosso compromisso. E mais, toda a nossa arrecadação é prestada ao Tribunal Superior Eleitoral e nós nunca tivemos algum problema com a Receita", afirmou.
Segundo ele, todas as doações que são recebidas pelo partido são escrituradas, prestadas contas ao Tribunal Superior Eleitoral. E foram feitas de forma "voluntária e dentro da proposta de cada doador e sem nenhum outro compromisso".
O tesoureiro do PT afirmou ainda que não há outro responsável pela Secretaria de Finanças do partido. Segundo ele, o sistema de arrecadação de recursos do PT é centralizado no Diretório Nacional, que, posteriormente, cede parte dos recursos aos diretórios estaduais e municipais.
Vaccari afirmou também que não foi responsável pelo comitê financeiro da candidatura a presidente de Dilma Rousseff em 2010. Segundo ele, desde a campanha de 2006, o PT decidiu dividir a tesouraria do partido da tesouraria da campanha presidencial.
Na noite desta quarta-feira, 08, o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki concedeu habeas corpus para garantir a Vaccari direito a permanecer calado, não se incriminar, ser assistido por um advogado e não ser preso..