Vaccari afirmou que os termos da declaração da delação premiada do doleiro - que o acusou de recebimento de recursos ilegais - "não são verdadeiros".
O tesoureiro também disse não conhecer uma série de pessoas, como o ex-diretor Nestor Cerveró, a ex-presidente da estatal Maria das Graças Foster e o agente da policial federal Jayme Careca, acusado de fazer entregas de dinheiro por Youssef e investigado na Operação Lava Jato. Disse ainda que só encontrou uma vez com o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli, mas disse que nunca esteve com ele na estatal.
Segundo o petista, ele conheceu o dirigente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, na busca de recursos para o partido. Ele disse ser usual fazer visitas às empresas na busca de captação de recursos. Leite fechou acordo de delação premiada e cumpre pena em casa, em São Paulo.
Vaccari afirmou ainda que não procede a acusação de "formação de quadrilha", que consta de um dos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) que envolve parlamentares citados na Lava Jato. O petista disse que não participou e não teve conhecimento da indicação de nenhum dos diretores da Petrobras.
Vaccari repetiu que todas as contribuições recebidas pelo PT são contabilizadas e declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O petista disse que não é verdadeira a afirmação do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de que recebia recursos de origem ilegal.
O tesoureiro disse também que o empresário Julio Camargo, um dos delatores da Lava Jato, não fez nenhuma doação de campanha na conta do diretório nacional, mas sim nas contas de deputados e senadores.
Vaccari respondeu a 40 minutos de perguntas do relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), e depois começaram os questionamentos dos demais parlamentares.
Na noite desta quarta-feira, 08, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, concedeu habeas corpus para garantir a Vaccari direito a permanecer calado, não se incriminar, ser assistido por um advogado e não ser preso.