"Decidir por um processo de acareação em que nós sequer ouvimos ainda aquele que era o banco central da corrupção, que era o (doleiro Alberto) Youssef, eu acho precipitado", disse Luiz Sérgio.
Após depoimento de sete horas de Vaccari, o relator considerou "positiva" a decisão do tesoureiro falar aos parlamentares mesmo com a garantia de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que o permitia ficar calado. Para Luiz Sérgio, Vaccari decidiu falar "para não deixar perguntas sem respostas".
O petista voltou a cobrar que outros citados na Operação Lava Jato sejam ouvidos pela CPI. "Não podemos transformar a CPI da Petrobras em uma CPI que se ouve apenas diretores da Petrobras e membros do PT. Esse é um processo mais amplo. O PT não é o partido que tem mais parlamentares citados neste escândalo", enfatizou. Em sua avaliação, teria sido melhor se os empresários tivessem sido ouvidos antes dos citados na investigação da Polícia Federal.
Assim como Vaccari, o relator também desqualificou a delação premiada de Youssef por considerar que ele já mentiu em outras ocasiões e que poderia estar faltando com a verdade mais uma vez. "Como houve uma mentira, pode haver outras mentiras", concluiu.
Ratos
Sobre o incidente envolvendo ratos no plenário, Luiz Sérgio lembrou que o Parlamento já tem uma aprovação "mais baixa que o governo" da presidente Dilma Rousseff e que o episódio piora a imagem da Casa.
O petista acredita que houve orientação de parlamentares para que o servidor soltasse os animais na sessão e insinuou que o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) tenha participado da ação porque o ex-funcionário da Câmara já foi seu assessor..