São Paulo, 09 - O Metrô-SP informou que afastou Paulo Celso Mano Moreira da Silva "com prejuízo de seus vencimentos" e abriu sindicância para que sejam apuradas as informações de que ele mantinha conta irregular no HSBC da Suíça. Moreira da Silva foi diretor de operações do Metrô entre 1995 e 1999 e ocupava, desde 2011, o cargo de assistente técnico.
Mais cedo, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga contas irregulares em contas de brasileiros no HSBC da Suíça aprovou a convocação de Moreira Silva e do ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Ademir Venâncio de Araújo, para que eles prestem esclarecimentos sobre o escândalo chamado de Swissleaks. Os dois aparecem como proprietários de contas no banco suíço. A princípio, não é ilegal manter uma conta na Suíça, desde que ela seja declarada à Receita Federal e ao Banco Central.
Lista
Ao menos 23 personagens de dez casos de suspeita de desvio de dinheiro público ou fraude em instituições financeiras no Brasil mantiveram contas secretas no HSBC em Genebra, na Suíça, de acordo com informações que datam de 2006 e 2007. Na relação, há nomes envolvidos em casos de corrupção como Lava Jato, Alstom e Máfia da Previdência.
Em relação à Operação Lava Jato, o correntista é Henry Hoyer de Carvalho, apontado como segundo operador do PP no esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Com relação ao Caso Alstom, em que a multinacional francesa é investigada por suspeita de pagar propina em contratos com o Metrô de São Paulo e referentes à construção da usina de Itá (RS-SC), aparecem Paulo Celso Mano Moreira da Silva e Ademir Venâncio de Araújo. Sobre a Máfia da Previdência, fraude descoberta em 1992 que desviou US$ 310 milhões, os envolvidos são Ilson Escóssia da Veiga, Nestor José do Nascimento e Tainá de Souza Coelho.