São Paulo, Curitiba e Brasília - A "Operação Origem", 11ª etapa da Lava Jato, investiga o repasse de R$ 2.399.511,60, em espécie, do doleiro Alberto Youssef, personagem central do esquema de corrupção na Petrobras, para o ex-deputado André Vargas (sem partido) - cassado em 2014 e preso na manhã desta sexta-feira, 10. Segundo o juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da operação, 'os fatos configuram crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro'.
Moro decretou a prisão temporária por cinco dias de Leon Denis Vargas Ilário e de Ricardo Hoffmann, dirigente da empresa Borghi Lowe.
"Embora seja necessário aprofundar as investigações quanto ao tópico, há prova de que Alberto Youssef providenciou, em dezembro de 2013, o repasse de R$ 2.399.511,60 em espécie a André Vargas, numerário este proveniente de empresa que mantém vários contratos com entidades públicas, o que foi feito mediante emissão de notas fiscais fraudulentas por serviços que não foram prestados", afirmou o magistrado na decisão favorável à prisão de Vargas.
Segundo o despacho de Moro, Meire Bonfim Poza, ex-contadora de Youssef, chamada a depor na Polícia Federal sobre documentos apreendidos na Lava Jato, declarou que emitiu, em dezembro de 2013, a pedido do doleiro, notas fiscais de suas empresas AJPP Serviços Educacionais, no valor de R$ 964.350, e Arbor Contábil, de R$ 1.435.500, em favor da empresa IT7 Sistemas Ltda., por serviços que não foram prestados. Ela afirmou que as notas foram emitidas para acobertar transferência de recursos cujo destinatário seria Leon Denis Vargas Ilário, irmão de André Vargas. O dinheiro teria sido entregue aos irmãos Vargas.
"As notas fiscais fraudulentas foram emitidas pela filial da IT7 em Curitiba. Referida empresa mantém contratos com diversas entidades públicas, como a Caixa Econômica Federal, o Serviço Federal de Processamento de dados, Celepar, CCEE entre outras. Somente no ano de 2013, por exemplo, a IT7 recebeu da Caixa Econômica Federal cerca de cinquenta milhões de reais", diz o juiz.
O magistrado explicou, na decisão, que 'há prova documental dessas mensagens eletrônicas, o que corrobora as declarações de Alberto Youssef e Meire Pozza sobre os fatos', inclusive que os valores se destinavam a André Vargas e Leon Vargas.
"Há prova documental dessas transações, com as notas fiscais fraudulentas. A emissão dessas notas e a elaboração de contratos para justificá-los foram objeto de mensagens eletrônicas trocadas entre Meire Pozza e Leon Vargas", afirmou o juiz. "Também foi objeto de mensagens eletrônicas trocadas entre Meire Pozza e Marcelo Simões, da própria IT7 Sistemas.
Além de André Vargas, foram presos na 11ª etapa da Operação Lava Jato, os ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA) e o ex-parlamentar já condenado no mensalão e atualmente cumprindo pena no regime semiaberto, Pedro Corrêa (PP-PE). O nome da operação faz referência às investigações dos ex-parlamentares, cujo envolvimento com o esquema do doleiro Alberto Youssef foi descoberto nas primeiras etapas da operação, no ano passado.
Moro decretou a prisão temporária por cinco dias de Leon Denis Vargas Ilário e de Ricardo Hoffmann, dirigente da empresa Borghi Lowe.
"Embora seja necessário aprofundar as investigações quanto ao tópico, há prova de que Alberto Youssef providenciou, em dezembro de 2013, o repasse de R$ 2.399.511,60 em espécie a André Vargas, numerário este proveniente de empresa que mantém vários contratos com entidades públicas, o que foi feito mediante emissão de notas fiscais fraudulentas por serviços que não foram prestados", afirmou o magistrado na decisão favorável à prisão de Vargas.
Segundo o despacho de Moro, Meire Bonfim Poza, ex-contadora de Youssef, chamada a depor na Polícia Federal sobre documentos apreendidos na Lava Jato, declarou que emitiu, em dezembro de 2013, a pedido do doleiro, notas fiscais de suas empresas AJPP Serviços Educacionais, no valor de R$ 964.350, e Arbor Contábil, de R$ 1.435.500, em favor da empresa IT7 Sistemas Ltda., por serviços que não foram prestados. Ela afirmou que as notas foram emitidas para acobertar transferência de recursos cujo destinatário seria Leon Denis Vargas Ilário, irmão de André Vargas. O dinheiro teria sido entregue aos irmãos Vargas.
"As notas fiscais fraudulentas foram emitidas pela filial da IT7 em Curitiba. Referida empresa mantém contratos com diversas entidades públicas, como a Caixa Econômica Federal, o Serviço Federal de Processamento de dados, Celepar, CCEE entre outras. Somente no ano de 2013, por exemplo, a IT7 recebeu da Caixa Econômica Federal cerca de cinquenta milhões de reais", diz o juiz.
O magistrado explicou, na decisão, que 'há prova documental dessas mensagens eletrônicas, o que corrobora as declarações de Alberto Youssef e Meire Pozza sobre os fatos', inclusive que os valores se destinavam a André Vargas e Leon Vargas.
"Há prova documental dessas transações, com as notas fiscais fraudulentas. A emissão dessas notas e a elaboração de contratos para justificá-los foram objeto de mensagens eletrônicas trocadas entre Meire Pozza e Leon Vargas", afirmou o juiz. "Também foi objeto de mensagens eletrônicas trocadas entre Meire Pozza e Marcelo Simões, da própria IT7 Sistemas.
Além de André Vargas, foram presos na 11ª etapa da Operação Lava Jato, os ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA) e o ex-parlamentar já condenado no mensalão e atualmente cumprindo pena no regime semiaberto, Pedro Corrêa (PP-PE). O nome da operação faz referência às investigações dos ex-parlamentares, cujo envolvimento com o esquema do doleiro Alberto Youssef foi descoberto nas primeiras etapas da operação, no ano passado.