O ministério da Justiça não informou, mas o governo brasileiro argumenta que tem prisões em condições de receber Pizzolato, como a de Brasília, onde outros condenados no processo do Mensalão cumprem e já cumpriram pena. O prazo para a resposta do governo brasileiro ao italiano vence na segunda-feira, 13. Mas, na manhã de hoje, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e o sub-secretário geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, Carlos Alberto Simas Magalhães, se reuniram para elaborar a resposta do governo brasileiro, e encaminharam imediatamente o "texto da correspondência" à Itália. O teor da resposta só poderá ser amplamente divulgado após a Itália receber a correspondência.
O pedido de extradição do governo brasileiro à Itália foi feito no ano passado. Na Itália, Pizzolato chegou a ser preso em fevereiro de 2014 por estar com um passaporte falso. O governo brasileiro então pediu sua extradição, mas a Corte de Bolonha negou e permitiu que ele respondesse em liberdade. No mês seguinte, a AGU apresentou recurso para reverter a decisão, o que foi acatado pela Corte de Cassação de Roma.
Caso extraditado, Pizzolato cumprirá pena em unidade prisional do Complexo Penitenciário da Papuda, em que não há histórico de incidentes que representem ameaça à sua integridade física ou à preservação de seus direitos fundamentais. Há também a alternativa de cumprimento da pena em presídio de Santa Catarina, caso assim seja solicitado pelo extraditando e deferido pelo STF, já que Pizzolato possui vínculos familiares no estado. Nesse caso, o Brasil afirmou que os presídios de Curitibanos e Canhanduba possuem plenas condições de assegurar a preservação dos direitos fundamentais dos detentos..