Manifestação contra governo de Dilma reúne 10 mil em direção ao Congresso

Alguns dos manifestantes que participam do ato colocaram em uma "cadeia" bonecos representando a presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lugar de bandido é na cadeia", dizia uma das faixas.

- Foto: CB DA Press
Às 11h30 da manhã deste domingo, a manifestação contra o governo da presidente Dilma Rousseff em Brasília já reunia 10 mil pessoas em direção ao Congresso Nacional. A estimativa é da Polícia Militar. Os organizadores dos sete movimentos participantes do ato - Diferença, Vem pra Rua, Foro de Brasília, Tô na Rua, Movimento Brasil Contra a Corrupção, Movimento Limpa Brasil e Movimento Brasil Livre - calculavam entre 30 e 40 mil pessoas.

Alguns dos manifestantes que participam do ato colocaram em uma "cadeia" bonecos representando a presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lugar de bandido é na cadeia", dizia uma das faixas.

A servidora pública Ana Paula Fernandes se fantasiou de Dilma. Ao contrário da presidente, que combateu a ditadura, a Dilma da manifestação defende a intervenção militar. "Eu não aguento mais essa bandalheira. A Dilma sabia de tudo", disse Ana Paula. Segundo ela, as "pessoas de bem" gostavam do regime militar.
"Só bandidos e comunistas não gostavam".

Manifestantes exaltavam a atuação da Polícia Federal nas investigações da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. A principal bandeira continua sendo crítica ao governo da presidente e ao Partido dos Trabalhadores. "Fora PT. Leva o Lula com você", era uma das palavras de ordem.

No entanto, havia faixas pedindo a "neutralidade" do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Operação Lava Jato. Manifestantes criticavam o ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato, por ele não ter pedido a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que prestou depoimento na CPI da Petrobras, no Congresso, nesta semana. Faixas pediam a saída do ministro Dias Toffoli da Lava Jato. Ele foi transferido para a Segunda Turma do STF, colegiado que vai julgar as ações da operação.

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