Organizado por sete diferentes grupos, o protesto começou às 9h30 e durou aproximadamente três horas. A principal bandeira da manifestação foi o Fora Dilma, estampado em camisetas, cartazes e palavras de ordem.
Algumas faixas elogiavam o papel da Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro, responsáveis pelas investigações da Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras. Havia também manifestantes que pediam a "neutralidade" do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento do caso. Algumas pessoas criticaram o ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato, por ele não ter pedido a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que prestou depoimento na CPI da Petrobrás na semana passada. O locutor de um dos carros de som puxava o coro contra o ministro Dias Toffoli. Ele, que foi advogado do PT, foi transferido para a Segunda Turma do STF, colegiado que vai julgar as ações da Lava Jato.
O início esvaziado do protesto preocupou os organizadores, que começaram a pedir para que as pessoas postassem fotos nas redes sociais e chamassem os amigos para participar. Aos poucos, a Esplanada foi ficando mais cheia.
Durante o protesto, o grupo que defendia a intervenção militar ficou isolado. Com um carro de som próprio, os defensores da volta das Forças Armadas ao poder eram vaiados pelos demais quando defendiam a ideia.
A servidora pública Ana Paula Fernandes chamou a atenção ao se fantasiar de Dilma e usar uma algema nas mãos. Ao contrário da presidente, que combateu a ditadura, a sósia da petista defende a intervenção militar. Segundo ela, as "pessoas de bem" eram a favor do regime militar. "Só bandidos e comunistas não gostavam", afirmou.
Também fez sucesso entre os manifestantes uma "cadeia" onde foram colocados bonecos representando Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O senador José Antônio Reguffe (PDT-DF) compareceu à manifestação. O parlamentar pertence a um partido da base aliada, mas tem mantido uma posição contra o governo. Ao ser questionado se a presença dele era em apoio ao impeachment da presidente, Reguffe disse apenas que foi ao ato "como cidadão"..