O assunto foi discutido em reunião entre os políticos e o presidente nacional da legenda, o deputado federal e ex-vereador Luís Tibé. “Com cinco vereadores disputando as eleições, o PTdoB não conseguiria montar chapa”, explica Orlei, que participou da reunião. “Mas a expulsão também é uma questão partidária”, reforça o parlamentar, em referência ao apoio que os colegas deram ao então adversário Wellington Magalhães.
Segundo Orlei, demais candidatos ficariam desestimulados a entrar na disputa pelo PTdoB considerando que há cinco parlamentares com forte chance de se reelegerem. Sem conseguir atrair mais nomes para a chapa, o partido correria o risco de conquistar poucos votos no total. Numa eleição proporcional, o número de cadeiras a que cada legenda tem direito está relacionado ao total do partido.
‘CABEÇA ERGUIDA’ Sem entrar em detalhes, Pelé do Vôlei afirma que a decisão sobre a sua situação e a dos colegas só ocorrerá daqui a duas semanas e novos encontros com Tibé serão marcados. “Não assinamos nada”, afirma o parlamentar, que conta ter sido procurado pelo PSDB, PSB, PDT e PTN. A tentativa seria negociar a saída da legenda, mas com a continuidade no exercício do mandato. “Se, por acaso, perder o mandato saio de cabeça erguida. Muito me orgulho do meu legado”, reforça. Veré da Farmácia afirma que está aguardando os desdobramentos. “Mas eles deram liberdade para votarmos no Wellington”, justifica. Vilmo Gomes preferiu não comentar.
O presidente da Casa acredita que a fidelidade partidária seja um pretexto para retirada dos parlamentares. “Os três me apoiaram, mas isso é só uma desculpa que estão usando porque não vão conseguir montar chapa. Estou solidário ao Verê, Pelé e Vilmo, que pediram ajuda ao meu advogado. Os três são competentes e já foram convidados para entrar em vários partidos”, afirma Magalhães, que tem Pelé do Vôlei como 2º secretário da mesa diretora.