De acordo coma PF e o Ministério Público, Vaccari é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção instalado na Petrobras, com recebimento de propinas pagas por empresas responsáveis por contratos para execução de obras e serviços na estatal.
O promotor Carlos Santana Maia disse nesta quarta-feira, durante coletiva à imprensa, em Curitiba, no Paraná, que a suspeita sobre Vaccari - conforme a Polícia Federal, ele tem atuado desde 2004 no recebimento recursos ilegais - cresceu com a decoberta das contas bancárias de familiares e documentos apreendidos nesta quarta-feira. Para a PF e o MP, esses indícios, que ainda estão sendo investigadas, corroboram as denúncias feitas em cinco delações premiadas que acusam Vaccari de participar do esquema de corrupção na Petrobras para arrecadar recursos e financiar campanhas eleitorais do PT.
Prisão
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira a 12ª fase da Operação Lava-Jato com o cumprimento de quatro ordens judiciais. Entre elas, a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, da mulher dele e, ainda, da cunhada do petista, por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras. Vaccari é acusado de receber para o PT um porcentual da diretoria de Serviços da Petrobras na época em que era comandada por Renato Duque, que se encontra preso em Curitiba, no Paraná.
Polícia Federal cumpriu o mandado de condução coercitiva de Giselda Rousie de Lima, esposa do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em casa.
A Polícia Federal também prendeu a cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, contra quem há um pedido de prisão temporária. Ela é suspeita de ter recebido dinheiro do doleiro Alberto Youssef. Nesta fase da Lava-Jato estão sendo cumpridas quatro ordens judiciais: um mandado de busca e apreensão, um de prisão preventiva, um de prisão temporária e um de condução coercitiva. Todos em São Paulo. .