"O Senado já teve um momento em que derrubou um indicado para o Supremo Tribunal da República (sic), mas fez isso no início da República, quando Floriano Peixoto mandou o nome de um médico para o Supremo Tribunal Federal, Barata Ribeiro. Aí o Senado derrubou. Mas esse não é um precedente que nessas horas possa ser lembrado", disse Renan, na chegada ao Congresso.
O peemedebista afirmou que, quando se trata de uma indicação para o Supremo, o presidente do Senado é "apenas igual a um senador". Ele destacou que vai votar como senador e, por isso, não pode se manifestar como presidente do Senado. "Não cabe ao presidente do Senado vetar, apoiar ou indicar. Essa é uma indicação da presidente da República", frisou.
Renan Calheiros reconheceu ter tido a "melhor impressão" de Fachin, com quem conversou na semana passada pessoalmente. Ele disse que Dilma, ao mandar a indicação do jurista ao Senado, deve ter todas as informações em relação a seu perfil.
Questionado por uma repórter sobre o vídeo em que Fachin aparece durante a campanha de 2010 pedindo votos para Dilma, Renan afirmou que, ao enviar o nome para o Legislativo, a presidente tem "todas as informações, inclusive essa que você está falando".
O peemedebista repetiu o discurso de ontem, 14, de que não quer se comprometer com a indicação do ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para o Ministério do Turismo, operação que vai desalojar seu apadrinhado Vinícius Lages do cargo. Ele disse que Dilma não "sinalizou e não sinalizaria" outro posto para Lages. "Se o ministro Lages não servir mais ao governo, ele vai para outro lugar, não do governo. Seria aceitar barganha. E nós não vamos aceitar barganha de forma nenhuma", afirmou..