"Eu não sou muito do estilo de que, na suspeita, a gente vai logo se livrando.
Antes da declaração, o ex-governador da Bahia frisou que não falava em nome do governo nem do PT. Ele defendeu uma reforma política que "acabe ou limite muito" o financiamento privado de campanha e afirmou que escândalos não são prerrogativa do seu partido.
"Quero deixar bem claro aqui que não falo como governo, porque a investigação corre sob responsabilidade da Justiça Federal e do Ministério Público Federal, e nós estamos mantendo o tempo todo a independência e a harmonia entre os poderes, então não me cabe aqui fazer juízo de valor sobre a detenção. Imagino que o MP e o juiz Sérgio Moro apresentarão aos advogados e depois publicamente os motivos da detenção", declarou o ministro.
"Como petista, (penso que) qualquer partido brasileiro é entidade de direito privado, portanto o Vaccari não faz parte do governo. Pessoalmente, não estou dizendo que essa é a posição do partido, porque eu sei que tem pessoas que pensam diferente, eu não vejo motivo, a não ser pela impossibilidade dele exercer seu cargo, que ele tenha que sair até que se conclua definitivamente as investigações."
Articulador político no governo, o ministro voltou a defender a reforma política, afirmando que a legislação eleitoral está viciada e superada. "Se quisermos não nos assustar com outros episódios semelhantes, acho que a bandeira é a da reforma política, porque a máquina de fazer política está viciada.
Sobre a presidente Dilma, o petista afirmou que "se tem alguém que está distante disso tudo é ela". "Algumas coisas não colam, mesmo que a oposição queira. Naquela senhora, isso não tem aderência.".