O rastreamento bancário de Giselda pegou o período entre 1.º de julho de 2006 e 18 de dezembro de 2014. Contra a mulher do tesoureiro a Justiça Federal expediu mandado de condução coercitiva, mas na manhã desta quarta feira, 15, policiais federais tomaram seu depoimento na própria residência dos Vaccari, em São Paulo. Giselda não precisou ser levada para depor na Polícia Federal.
Os analistas do Ministério Público verificaram operações de depósitos bancários ocorridas com "características de fracionamento" ou em valores próximos ao limite de identificação da operação pela instituição bancária - a Circular 3461/09, do Banco Central, estabelece que os bancos devem identificar transações realizadas com uma mesma pessoa que superem a quantia de R$ 10 mil.
"Em que pese a estruturação de depósitos não seja por si só ilícita, trata-se de expediente comum na lavagem de capitais", registrou o MPF. Em 2008, os depósitos fracionados na conta da mulher do tesoureiro do PT bateram em R$ 16 mil. Já em 2011, saltaram para R$ 109,1 mil.Em 2014, ano que estourou a Operação Lava Jato, os 'picados' abasteceram em R$ 31,5 mil a conta de Giselda.
Além dos depósitos fatiados, os peritos do Ministério Público Federal constataram, a partir da quebra do sigilo bancário, que caíram na conta da mulher do tesoureiro do PT repasses superiores a R$ 10 mil, também em dinheiro, que somaram R$ 260,5 mil, entre 19 de setembro de 2008 e 29 de outubro de 2012..