O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que as diligências solicitadas pela procuradoria ao Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar os políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras caminham "a contento", mas destacou que a apuração "será demorada".
Nesta semana, a Polícia Federal pediu ao STF para estender o período previsto para realizar as medidas de investigação.
A extensão de investigações é considerada praxe entre autoridades policiais e investigadores. "Isso é uma rotina na tramitação dos inquéritos", disse Janot. A prorrogação do prazo depende do relator da Lava Jato no STF. Segundo Janot, normalmente os prazos variam de 30 a 60 dias.
"As investigações estão seguindo o curso normal. Essa é uma investigação que não é curta, será demorada. As diligências estão sendo cumpridas a contento, caminhamos firmes na elucidação desses fatos", comentou o procurador-geral.
Janot não fala em um prazo para concluir a fase de diligências. "Tem casos que vamos precisar fazer perícia, casos de quebra (de sigilo), de cooperação internacional. Depende da diligência. Tem alguns mais avançados e outros menos", afirmou.
Na PGR, a previsão é de que cada inquérito seja conduzido a seu próprio tempo. Assim, se uma investigação caminhar de forma mais acelerada, os investigadores devem realizar para aquele caso a primeira acusação formal ao Supremo - ou pedido de arquivamento, se não forem colhidos indícios de provas suficientes.
12ª Fase
O procurador-geral respondeu as perguntas ao participar de evento no Ministério da Justiça nesta manhã. Ele não quis comentar a deflagração da 12ª fase da Operação Lava Jato..