Cunha é favorável à terceirização das atividades-fim, medida que corria risco na sessão de ontem, já que partidos como o PSDB recuaram da defesa incondicional do texto-base aprovado na semana passada. Preocupado, o peemedebista interrompeu a sessão sob o argumento de que os deputados não sabiam o que estavam votando.
"Ontem, o que havia era um desconhecimento do que estava sendo votado. A gente permitiu tempo para conhecer (os destaques apresentados)", afirmou Cunha.
Parlamentares que se reuniram com Cunha nesta manhã disseram que ele estava irritado com a intenção de partidos recuarem no apoio ao projeto. A proposta de excluir empresas públicas e sociedades de economia mista foi aprovada na terça-feira graças ao PSDB, que ficou dividido por causa das reações populares nas redes sociais. "O PSDB está dividido. Acho que eles vão liberar e vão ter um posicionamento cada um no plenário", disse o presidente da Câmara.
Em relação ao destaque aprovado ontem, Cunha lamentou e disse que pautará outra lei para não deixar essas empresas em um vácuo jurídico. "Aquele destaque infelizmente não tem (como ser revisto). Vamos tratar através de outra lei que já tem aí, pronta para a pauta, para tratar do tema específico de administração pública direta e indireta. Vamos tratar isso depois. Vou pautar essa outra lei para tratar especificamente de administração direta e indireta em empresas. Haverá outra lei específica para o setor público", disse o presidente.
Questão previdenciária
Cunha disse que há duas emendas aglutinativas para tratar a questão previdenciária da terceirização, motivo de polêmica entre o governo e o relator do projeto na Câmara, Arthur Oliveira Maia (SD-BA). "Uma tem uma neutralidade tributária, ou seja, garante a retenção sem aumento de carga tributária, que é o que eu acho que vai prevalecer e tem uma outra que tem um pequeno aumento de carga tributária, o que não me parece que seja a que está tendo maior apoio da Casa.