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Estado de Minas

Oposição rebate Pimentel sobre gastos com Cidade Administrativa


postado em 16/04/2015 06:00 / atualizado em 16/04/2015 09:12

Gustavo Corrêa (DEM): 'Vamos mostrar números, e eles não mentem'(foto: Gadyston Rodrigues/EM/D.A Press - 12/3/15)
Gustavo Corrêa (DEM): 'Vamos mostrar números, e eles não mentem' (foto: Gadyston Rodrigues/EM/D.A Press - 12/3/15)

A oposição ao governador Fernando Pimentel (PT) rebateu nessa quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa, as informações sobre a Cidade Administrativa, que integram o diagnóstico divulgado pelo petista sobre a situação do estado. Na versão do PSDB, os prédios que passaram a abrigar a estrutura de administração estadual geraram uma economia de R$ 447.204.678,04 entre 2011 e 2014. Os adversários prometerem mais munição para hoje, quando lançam um documento com 80 páginas e um site com respostas a todos os números apresentados. Segundo documento feito pelos tucanos, os ganhos com a Cidade Administrativa foram avaliados por uma auditoria externa independente, a BDO Trevisan. Para 2015 eles projetam mais R$ 142,2 milhões em economia. A oposição diz ainda que o diagnóstico ignorou outros dados e se fixou apenas nos aluguéis, que, segundo eles, também estão errados. O PSDB admite um aumento do valor das locações depois de 2010, que explica por reajustes nos valores dos contratos e ampliação ou criação de novos serviços.


Ainda segundo o relatório dos tucanos, os dados oficiais do estado são do Siafi-MG e diferem dos parâmetros utilizados pela equipe de Pimentel. Pelos gráficos comparativos, os números do diagnóstico eram inferiores aos do Siafi de 2010 e 2011 e superiores, de 2012 a 2014. “A oposição não se baseia em palavras, o que vamos mostrar são números e eles não mentem”, afirmou o líder do bloco oposicionista Gustavo Corrêa (DEM). Sobre a demora em apresentar o relatório com sua versão, Corrêa afirmou que houve cautela. “Foi para não correr o risco de fazer o que o atual governo fez. É preferível esperar mais um ou dois dias e falar a verdade”, provocou. O parlamentar protocolou requerimento nessa quarta-feira, na Assembleia, pedindo ao governador Fernando Pimentel informações adicionais sobre o diagnóstico. A oposição quer ter acesso às fontes usadas pelo petista. No caso das obras paradas, por exemplo, o requerimento é para que Pimentel mostre quem ordenou a paralisação. Ela alega que dados do Ministério da Educação, por exemplo, colocam Minas Gerais em terceiro lugar no ranking de avaliação.

MATEMÁTICA O líder do governo, Durval Ângelo (PT), disse que o diagnóstico feito pelo Executivo tem 306 páginas e é um “estudo matemático” da realidade do estado. Para o petista, a oposição concordou com os dados ao ter votado a versão do orçamento pedida por Pimentel, que trouxe a projeção de um déficit de R$ 7,2 bilhões para o estado. “Se você notar, o fato gerador de tudo é a nova peça orçamentária. Se esses dados que eles agora trazem são verdadeiros, eles deveriam ter votado contra”, afirmou. Sobre a Cidade Administrativa, Durval disse que o governo demonstrou que se gasta hoje com aluguel mais do que no passado e que o estado tem cinco prédios vazios, com os quais gasta com manutenção. Ainda segundo ele, está sendo feita uma auditoria para verificar possíveis irregularidades na construção da sede administrativa.


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