A presidente Dilma Rousseff empossou, na tarde desta quinta-feira, o novo ministro do turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Durante a cerimônia, a presidente destacou que cabe ao novo integrante do governo a tarefa de ajudar a fazer com que a economia volte a crescer. Ela apontou o turismo como sendo uma das portas para o crescimento do país, principalmente, com a realização das olímpiadas e paraolímpiadas no Brasil. “Estamos realizando ajustes na economia e a indústria do turismo pode assumir um papel ainda mais relevante”, disse. Dilma também agradeceu Vinicius Lages que deixa a pasta após 13 meses.
“Dou as boas vindas ao ministro Henrique Alves, convocando-o a trabalhar muito para que o Brasil esteja cada dia mais capacitado para dar as boas vindas aos turistas daqui e do mundo inteiro, gerando cada vez mais renda”, afirmou, durante o discurso. A solenidade contou com a presença de ministros e parlamentares, mas teve duas ausências importantes: os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Irritado com o Palácio do Planalto por ter desalojado seu apadrinhado político, Renan decidiu nomear Vinícius Lages chefe de seu gabinete.
Ainda sobre Henrique Alves - tratado como “parceiro de tantas horas no Congresso Nacional” -, a presidente que ele chega em um momento de “grande desafio”. “A indústria do turismo vai ter na Olimpíada um momento especial e mostraremos que estamos preparados”, disse. A presidente mostrou números para destacar a importância da indústria do turismo que, segundo ela, responde por 54% do PIB e mantém cerca de três milhões de empregos no país e que ainda tem muito espaço para crescer. “O turismo é uma indústria não poluente, rentável, e de imensa importância para a geração de empregos”, disse.
A presidente deu a tarefa ao novo ministro de também estimular o turismo interno. Como auxílio para a demanda, cursos do Pronatec na área estão formando trabalhadores para o setor e estão sendo feitas novas concessões e obras em aeroportos para “fortalecer” a aviação regional.
Henrique Eduardo Alves teve seu nome citado na Operação Lava-Jato, mas, segundo o Ministério Público Federal, não houve indícios suficientes para investigá-lo. O novo ministro está sem mandato parlamentar nesta legislatura, depois de ter ocupado uma vaga na Câmara dos Deputados por 44 anos. Ele foi presidente da Câmara até o ano passado, quando deixou de concorrer à reeleição como deputado para tentar o governo do Rio Grande do Norte. Foi derrotado por Robinson Mesquita Faria (PSD).
Na Câmara, Henrique Alves também foi líder da bancada do PMDB, partido do qual é membro histórico e uma das lideranças mais conhecidas.
Com Agência Estado