Hoje, um representante da defesa de Marice fez contato com a PF e comunicou que ela se entregará nesta sexta-feira, 17, em Curitiba.
A cunhada de Vaccari teve seu nome citado nas primeiras fases da Operação Lava Jato, no início de 2014. Ela teria recebido propina no dia 3 de dezembro de 2013 da empreiteira OAS, alvo da investigação sobre corrupção e desvios na Petrobras.
Os valores teriam sido entregues em espécie a mando do doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, no endereço Rua Doutor Penaforte Mendes, 157, apartamento 22, Capital, onde ela mora. A PF suspeita que Marice e outras familiares de Vaccari - a mulher, Giselda, e a filha Nayara - foram usadas para ocultar valores ilícitos arrecadados pelo ex-tesoureiro do PT.
Uma linha da investigação aponta para negócio lucrativo que Marice realizou com a OAS. Ao comprar um apartamento Bancoop da empreiteira ela lucrou 100% em apenas um ano - adquiriu o imóvel por R$ 200 mil e o vendeu um ano depois por R$ 432 mil para a própria empreiteira.
A força-tarefa da Lava Jato vê "caráter fraudulento" na transação. Os procuradores da República e a PF suspeitam que o negócio "serviu para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos, tratando-se de possível vantagem indevida paga pela OAS a João Vaccari Neto".
Marice, segundo informa o pedido de prisão, "funcionava como uma auxiliar de João Vaccari Neto para operacionalizar a propina destinada ao Partido dos Trabalhadores".