O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, também do PMDB, tentou minimizar os problemas que Renan pode trazer ao governo. "Calma, calma. O Dr. Ulysses (Ulysses Guimarães, ex-presidente do PMDB) já dizia que, em todos os problemas que a gente tem algum trauma político, a gente tem de gastar saliva, saliva, saliva, saliva", disse Padilha. Questionado se não criava desconforto para o PMDB a ausência de Cunha e Renan na cerimônia de posse de Alves, Padilha respondeu: "Eu penso que, neste momento, é claro que é notada a ausência dos nossos dois grandes líderes da Câmara e do Senado, mas, por óbvio, eles tinham atribuições lá que, neste momento, não permitiram que eles estivessem aqui presentes". E emendou: "mas nós temos confiança de que poderemos caminhar todos juntos".
Lembrado que essas ausências, na verdade, têm implicações políticas, Padilha desconversou: "Temos questões políticas em todos os momentos".
Já o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), disse que não viu problema para o governo a ausência de Renan e Cunha na cerimônia de posse de Alves. "O governo deu posse a um grande ministro do PMDB e a nossa expectativa é de que ele possa cumprir sua missão de administrador e também sua missão política", comentou ele. Lembrado que o fato de o ex-ministro Vinícius Lages não ter ficado no Executivo parece ter desagradado Renan, Guimarães declarou: "Toda a questão da ida do ministro Henrique Alves para o Turismo foi negociada, conversada e, com certeza, deve ter tido um grande diálogo entre Renan, Henrique Alves e Michel Temer". E completou: "Não vejo problema nenhum"..