"Não é com moralismo que nós vamos mudar essa questão e muito menos com a individualização de um problema que é coletivo. Por que nós, em 2007, 2008, em um momento privilegiado na correlação de forças, por que é que nós não encaramos a reforma política, não fizemos a luta contra o financiamento empresarial de campanha, quando tínhamos a maioria na Câmara dos Deputados? Por que não trabalhamos de maneira diferenciada toda a questão ética dentro do partido?", questionou. Carvalho admitiu que foi uma falha coletiva em um momento que a militância foi "levada, tragada coletivamente por um conjunto de valores dominantes".
Mais cedo, na entrada do evento, Carvalho havia dito não considerar justa a prisão de Vaccari, que se mostrou disponível para depoimentos à Justiça e à CPI no Congresso Nacional. Disse ainda que o tesoureiro apenas desempenhava uma função. "O Vaccari era um companheiro que tinha uma função, que era entrar em contato com as empresas para pedir recursos. Se não fosse ele, seria o Edinho, o Rui Falcão, eu, alguma outra pessoa", afirmou.
Ele também havia criticado os correligionários que vinham pedindo o afastamento preventivo de Vaccari nas últimas semanas, lembrando que muitos deles haviam se beneficiado em suas campanhas das arrecadações "legítimas" coordenadas pelo tesoureiro..