O diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, prestaria depoimento nesta semana. Reportagem do jornal O Globo revelou que Alexandrino acompanhou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um périplo por Cuba, República Dominicana e Estados Unidos, em janeiro de 2013. A empresa pagou as despesas do voo, mesmo não sendo uma viagem de trabalho para a empreiteira.
No documento do voo, ele está registrado como "passageiro principal: voo completamente sigiloso." A empreiteira é uma das investigadas na Operação Lava Jato. A lista inclui de depoimentos adiados inclui ainda o ex-deputado Roberto Teixeira e José Carlos Grubisich. Este último e Alexandrino estariam sendo ouvidos como testemunhas.
O jornal revelou nesta sexta-feira, 17, que a paralisação dos depoimentos da Lava Jato foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PGR após divergências entre os procuradores e a Polícia Federal. Os desentendimentos entre policiais e procuradores surgiram desde a abertura dos inquéritos a partir de autorização do Supremo, em março.
A queda de braço se intensificou nesta semana.
Em um outro ponto de desentendimento, a polícia teria pedido ao STF novas diligências a partir dos documentos analisados , mas sem consultar previamente a procuradoria. Para os policiais, o estresse quanto a isso foi causado porque a procuradoria quer limitar as investigações e não teria como justificar a negativa de um pedido para avançar no inquérito. Já para os procuradores, a PF tomou a dianteira de forma indevida uma vez que o próprio ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, definiu na abertura dos inquéritos que o autor "incontestável" das investigações é o MPF..