Depois de abrir mão da candidatura própria para a Prefeitura de Belo Horizonte nas eleições de 2012, o PV da capital quer ter a sua vez em 2016. Em almoço ontem com integrantes da direção municipal e estadual da legenda, o vice-prefeito Délio Malheiros – que deixou de disputar o cargo há três anos para ser vice de Marcio Lacerda (PSB) – apresentou o seu nome para a sucessão do comando da capital mineira. E o PV deu a largada em busca de apoios para seu candidato, preferencialmente o PSB, PSDB, PPS e DEM.

Délio Malheiros afirmou ontem que ainda não conversou sobre um possível apoio de Lacerda a seu nome, o que deverá acontecer nos próximos dias. “É uma possibilidade, pois o PV e PSB são partidos que têm caminhado juntos na Prefeitura, na Assembleia Legislativa. E, claro, vamos conversar com o Marcio Lacerda, que é o protagonista desse processo”, disse. Questionado se o apoio do PSB não seria uma forma de retribuir o papel do PV em 2012, Malheiros se esquivou. “Apoio você conquista, não pede. Então temos que fazer a nossa parte para conquistá-lo”.

Embora tenha demonstrado a disposição para tentar chegar à cadeira de prefeito, Délio Malheiros ponderou que não está impondo seu nome. “Essa foi apenas uma primeira conversa, e o partido vai prosseguir nesse processo. Assim como o meu, o PV tem muitos nomes, e o partido é que vai avaliar quem é o melhor candidato”, disse.

Apoio do presidente da legenda em Minas Gerais, deputado estadual Agostinho Patrus, Délio Malheiros já tem. Para o parlamentar, trata-se do “nome certo em um momento com tantos problemas”. “É o candidato natural que todos os demais partidos gostariam de ter”, ponderou, embora tenha admitido que o partido está aberto a outros pré-candidatos. De acordo com Agostinho Patrus, o próximo passo para uma candidatura própria do PV é buscar apoios, o que significa também garantir mais tempo de televisão durante a campanha eleitoral.

Nos próximos dias, representantes do PV em Belo Horizonte e Minas Gerais estarão em Brasília para um encontro com o presidente nacional da legenda, José Luis Penna. A orientação da executiva é que os verdes lancem candidatos a prefeito no maior número possível de capitais brasileiras. Até para fortalecer as chapas para vereadores. Em Belo Horizonte, por exemplo, a legenda tem atualmente apenas três vereadores..