Curitiba - O vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, disse que a empresa pagou R$ 110 milhões em propinas para obter contratos na Petrobras entre 2007 e 2012. Desse valor, R$ 63 milhões foram pagos à Diretoria de Engenharia, dirigida por Renato Duque. Outros R$ 47 milhões foram para a Diretoria de Abastecimento, dirigida por Paulo Roberto Costa. Ele entregou uma planilha com os pagamentos da corrupção.
Leite disse que obras tocadas pela Camargo em 2002 e 2003 causaram prejuízos à empresa. Ele disse que, da diretoria Executiva até a Presidência da empreiteira, todos tinham conhecimento dos pagamentos de propina.
De acordo com o delator os contratos a Petrobras não eram superfaturados e que as propinas eram inseridas depois por meio de aditivos em contratos de obras da Refinaria de Araucária (Repar), no Paraná, na Refinaria de Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e na Refinaria Henrique Lage (Revap), um São Paulo.