Cunhada de Vaccari nega irregularidade na transferência de imóveis

Marice Correia de Lima prestou depoimento nesta segunda-feira à Polícia Federal (PF), em Curitiba

Estado de Minas
- Foto: FELIX R. /FUTURA PRESS
A cunhada do tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Neto, Marice Correia de Lima, prestou depoimento nesta segunda-feira à Polícia Federal (PF), em Curitiba. De acordo com a assessoria da PF, Marice começou a depor entre 14h30 e 15h e terminou às 17h.

Logo em seguida, Marice voltou para a carceragem da PF, onde cumpre prisão temporária. Marice é uma das pessoas investigadas na Operação Lava Jato, que apura denúncias de desvio de dinheiro da Petrobras. No depoimento, Marice teria dito que não há qualquer irregularidade na transferência de imóveis, investigada pela Polícia Federal.

Segundo o Ministério Público Federal, a transação dos imóveis é uma prova de lavagem de dinheiro, que teria sido feita pelo cunhado de Marice. Além de cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, Marice também foi secretária do diretório da legenda, segundo a PF..

Vaccari foi preso na última quarta-feira (15). Suspeito de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o tesoureiro foi detido em sua casa, em São Paulo.

Na última quarta-feira (15), o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos decorrentes da operação, expediu mandado de prisão temporária contra Marice, mas os policiais federais não a localizaram. Ela, no entanto, apresentou-se na última sexta-feira (17).
Segundo seu advogado, Cláudio Pimentel, ela estava no Panamá.

De acordo com o juiz, Marice recebeu dinheiro enviado pelo doleiro Alberto Youssef a pedido de empreiteiras. Além disso, ela é suspeita de ter renda e patrimônio incompatíveis com seus ganhos. A defesa de Marice afirmou que não há irregularidade nas operações, que foram declaradas à Receita Federal. De acordo com os advogados, ela prestou todos os esclarecimentos aos investigadores.

Propina

A cunhada do ex-tesoureiro também negou em depoimento que tenha recebido propina em dinheiro vivo da OAS, empreiteira sob suspeita da Operação Lava Jato por participação no cartel que assumiu contratos bilionários na Petrobrzs entre 2003 e 2014. Marice diz que foi àquele país da América Central para participar do Fórum Sindical das Américas. Quando soube da ordem de prisão temporária estava em férias na Costa Rica e imediatamente retornou ao Brasil - na sexta feira, 17, ela se entregou à PF. Ela continuará detida até a Justiça Federal decidir se prorroga ou não sua prisão temporária.

Com agências.