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Estado de Minas

Câmara dos Deputados contraria governo e aprova terceirização para todas as atividades

Votação foi concluída nesta quarta-feira e projeto da terceirização vai ao Senado


postado em 22/04/2015 20:37 / atualizado em 22/04/2015 23:28

(foto: Gustavo Lima - Câmara dos Deputados)
(foto: Gustavo Lima - Câmara dos Deputados)

A Câmara dos Deputados concluiu, nesta quarta-feira à noite, a votação das emendas e destaques apresentados ao projeto de lei que regulamenta a terceirização na iniciativa privada e estabelece normas e critérios para a terceirização. Com a conclusão da votação das emendas e destaques que visavam a modificar o texto apresentado pelo relator, deputado Arthur Oliveira Maia (SDD-BA), e aprovado pelos deputados no inicio de abril, o projeto vai agora para o Senado.

Nas votações de hoje, os deputados aprovaram emenda aglutinativa que prevê a terceirização inclusive da atividade-fim no setor privado, o que permite que uma empresa possa terceirizar toda e qualquer parte de sua operação, e estabeleceu que as empresas passam a ser solidárias nas questões dos direitos trabalhistas e previdenciários, tornando-as corresponsáveis nas ações trabalhistas. Em outra votação, os parlamentares aprovaram emenda que estabelece a aplicação de cota de contratação de pessoas com deficiência para todos os trabalhadores da empresa entre os próprios e os terceirizados.

Os deputados também aprovaram emenda que estende os direitos previstos no projeto da terceirização aos trabalhadores terceirizados na administração pública direta e indireta. Outra emenda aprovada proíbe a terceirização para as guardas portuárias vinculadas às administrações dos portos.

Ministros e lideranças governistas contrárias à aprovação de alguns dispositivos constantes do projeto participaram hoje, na Câmara, de reuniões para tentar impedir a aprovação dessas propostas, principalmente nas questões de arrecadação e da permissão da terceirização de atividade-fim das empresas.

Caberá agora ao Senado a apreciação do projeto, se ele for alterado pelos senadores, a matéria terá que voltar para Câmara a fim de nova apreciação dos deputados.


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