Nessa terça-feira, Moro prorrogou a prisão temporária de Marice, com base, entre outras provas, em imagens de câmeras de segurança fornecidas pelo Banco Itaú, em São Paulo, a pedido do Ministério Público. Segundo o órgão, as gravações mostram Marice fazendo depósitos em um caixa eletrônico em nome de Giselda Rousie de Lima, irmã dela e casada com Vaccari. As transferências foram realizadas nos dias 2 e 6 de março.
Após a divulgação do vídeo, a defesa de Marice informou que a pessoa filmada realizando os depósitos é Giselda. Segundo a defesa, as irmãs são muito parecidas fisicamente. Embora a prisão não tenha sido decretada somente com base nas imagens, Moro pediu que a identidade da pessoa filmada seja esclarecida.
Na decisão em que decretou a prisão, o juiz afirmou que as imagens não deixavam dúvidas de que se trata da cunhada de Vaccari.
"Conforme fotos que o MPF apresentou em juízo, a semelhança de fato é notável, o que levou este Juízo a afirmar que seria a mesma pessoa. Posteriormente, o defensor de Marice alegou que a referida pessoa seria a própria Giselda, já que seriam muito parecidas. Se assim for, há uma alteração das premissas que levaram o MPF a requerer a preventiva.
Em uma petição enviada ao juiz, os procuradores informaram que a Polícia Federal realizará perícia nos vídeos para comprovar a identidade da pessoa que aparece nas imagens.
"Considerando a semelhança física entre a investigada Marice e sua irmã, Giselda, o MPF foi informado que a Superintendência da Polícia Federal no Paraná realizará perícia audiovisual nos vídeos e imagens que fundamentaram o pedido de conversão de temporária em preventiva", informaram os procuradores.
De acordo com as investigações, Marice recebeu dinheiro do doleiro Alberto Youssef, a pedido de empreiteiras, para que fosse entregue ao PT. Ela também é suspeita de ter renda e patrimônio incompatíveis com seus ganhos. Segundo o inquérito, em 2013 ela comprou um apartamento por R$ 200 mil, desistiu da compra e vendeu o imóvel para a OAS por R$ 400 mil. A Justiça suspeita de fraude na operação.
Com Agência Brasil.