PSDB dá mais prazo para impeachment de Dilma

Estado de Minas
Brasília – A estratégia para apresentação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi discutida ontem, em Brasília em um almoço no apartamento do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB.
Responsável pelo parecer mais aguardado pela sigla, o jurista Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, fez uma apresentação preliminar, mas preferiu não se comprometer com um prazo para o resultado final. Ele avalia se há elementos jurídicos para propor uma ação penal contra Dilma por crime de responsabilidade com base nas manobras fiscais.

Além de Aécio, estavam presentes ao encontro os senadores José Serra (SP), Tasso Jereissati (CE) e Cássio Cunha Lima (PB), líder do partido no Senado, e os deputados Bruno Araújo (PE), líder da minoria, e Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara. “Estamos absolutamente serenos em relação a essa questão. Nós vamos fazer o papel que cabe à oposição, de investigar as denúncias, e a partir daí vamos decidir que papel empreender”, afirmou Aécio. O ex-presidente FHC afirmou, também ontem, que antes de avançar na discussão sobre o impeachment, é preciso aprofundar as investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras. “Ver se existe alguma punibilidade de algum poderoso, alguém que tenha poder de Estado, no Congresso ou no Executivo.”. No domingo, FHC explicitou divergências com líderes tucanos ao afirmar que impeachment “não pode ser tese” e classificou como “precipitação” o movimento pelo impedimento da presidente..