São Paulo teria de adaptar zonas eleitorais, diz presidente da Câmara Municipal

São Paulo -Vereadores de municípios com mais de 200 mil eleitores poderão passar a ser eleitos por voto distrital, sistema eleitoral que divide a cidade em partes (distritos) e elege o candidato mais votado em cada uma dessas partes.

É o que determina o PLS 25/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), aprovado nessa quarta-feira (22) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A matéria vai à Câmara e, para valer nas eleições de 2016, precisa ser aprovada até outubro.

São Paulo, a maior cidade do País, precisará apenas de um rearranjo caso o novo sistema de votação passe no Congresso até outubro. A solução, segundo o presidente da Câmara Municipal, Antonio Donato (PT), seria reduzir de 58 para 55 o número de zonas eleitorais a fim de que se adequem ao número de vereadores. "Do ponto de vista prático não haveria muito problema. O que discordamos é do conteúdo da proposta", diz.


Para Donato, apesar de aproximar o candidato do eleitor, o sistema distrital possui diversos defeitos, como a distorção da representação da maioria e a "paroquialização" do debate. "Segmentos transversais não conseguiriam representação", exemplifica o petista, que vê mais vantagens no sistema misto e em lista.

Aliado do autor da proposta - o senador tucano José Serra -, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) diz que o sistema distrital reduz o custo das campanhas e aproxima o eleitor de seu representante. "A representação na Câmara de São Paulo já está encaminhada nesta sentido".

Se o sistema distrital estivesse valendo nas últimas eleições, Wadih Mutran (PP), vereador mais antigo da Casa, seria eleito.

Apesar de ter recebido um terço dos votos do distrito que representa, Mutran só assumiu seu oitavo mandato quando foi aberta a vaga de José Américo (PT), que foi eleito deputado estadual e integrante da mesma coligação.

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