São Paulo -Vereadores de municípios com mais de 200 mil eleitores poderão passar a ser eleitos por voto distrital, sistema eleitoral que divide a cidade em partes (distritos) e elege o candidato mais votado em cada uma dessas partes.
São Paulo, a maior cidade do País, precisará apenas de um rearranjo caso o novo sistema de votação passe no Congresso até outubro. A solução, segundo o presidente da Câmara Municipal, Antonio Donato (PT), seria reduzir de 58 para 55 o número de zonas eleitorais a fim de que se adequem ao número de vereadores. "Do ponto de vista prático não haveria muito problema. O que discordamos é do conteúdo da proposta", diz.
Para Donato, apesar de aproximar o candidato do eleitor, o sistema distrital possui diversos defeitos, como a distorção da representação da maioria e a "paroquialização" do debate. "Segmentos transversais não conseguiriam representação", exemplifica o petista, que vê mais vantagens no sistema misto e em lista.
Aliado do autor da proposta - o senador tucano José Serra -, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) diz que o sistema distrital reduz o custo das campanhas e aproxima o eleitor de seu representante. "A representação na Câmara de São Paulo já está encaminhada nesta sentido".
Se o sistema distrital estivesse valendo nas últimas eleições, Wadih Mutran (PP), vereador mais antigo da Casa, seria eleito.
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