O presidente da CPI havia dito na semana passada que o contrato secreto já estava à disposição dos deputados. No entanto, quando os parlamentares tentaram acesso ao documento, não conseguiram. "O que efetivamente a Kroll vai investigar?", questionou a deputada Eliziane Gama (PPS-MA), uma das que tentou ler o contrato da empresa que, segundo Motta, já está atuando.
"Na minha opinião, a CPI deve ouvir o responsável pelo contrato da Kroll", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), primeiro a cobrar Motta pela divulgação do contrato. Hugo Motta disse não poder "criar chifre em cabeça de cavalo".
Motta alegou que o sigilo se deve à tratativa entre Kroll e direção-geral da Câmara. "Não vemos nenhum problema na exposição desse contrato", afirmou Motta, segundo quem o documento estará à disposição dos parlamentares a partir desta quinta-feira.
O presidente da CPI diz apenas que a Kroll foi contratada para buscar ativos no exterior, mas nunca detalhou como isso será feito e quais são os objetos de investigação.
As eventuais descobertas feitas pela Kroll podem enfraquecer e até mesmo derrubar delações premiadas, o que beneficiaria investigados como os presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e Renan Calheiros (PMDB-AL)..