O empreiteiro disse não acreditar que o Conselho de Administração da Petrobras soubesse do esquema, nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua sucessora, Dilma Rousseff, ou o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. "Acredito que, se soubessem, teriam parado com essa questão lá atrás. Minha opinião: acredito que não sabiam", disse.
Na avaliação de Mendonça, coisas positivas aconteceram na Petrobras nos últimos anos, entre elas a descoberta "heroica" do pré-sal. "A corrupção é um problema enorme, mas não podemos culpar os funcionários da Petrobras", disse. Para ele, a corrupção privilegia a incompetência.
Preços
Mesmo com os danos provocados pelo esquema, o empresário avaliou que a política de preços da companhia também foi prejudicial. "O maior prejuízo da Petrobras foi ficar com seus preços sem reajuste, vendendo gasolina mais barato do que comprava", comentou.
Questionado sobre a cartelização, originada no final da década de 90, o empreiteiro contou que o empresário Ricardo Pessoa, da UTC, era o contato "natural" entre as empresas e a Petrobras. A preocupação do grupo, que começou com nove empresas e chegou a 16, era proteger-se e não competir entre si..