Segundo Jucá, as legendas pediram que o fundo partidário neste ano chegasse a R$ 1,2 bilhão, mas, por causa do ajuste econômico, ele resolveu apresentar uma emenda com valor menor. Inicialmente, o projeto do Orçamento enviado pela presidente Dilma estabelecia que seriam repassados aos partidos políticos R$ 289 milhões. Com a alteração feita por Jucá, esse valor passou para R$ 867,5 milhões.
Ao contrário do que sugeriu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que a presidente deveria ter vetado esse aumento, Jucá afirmou que Dilma não poderia ter tomado essa medida, porque isso prejudicaria o funcionamento de todos os partidos. "Quero fazer justiça à presidente Dilma. Ela não poderia vetar os recursos do Fundo Partidário, pois ou vetava tudo ou nada", disse Jucá.
A falta de sintonia entre os discursos na cúpula do PMDB também foi reforçada pelo vice-presidente Michel Temer, que chegou a afirmar que a presidente contingenciaria esses gastos, para só mais tarde ser avisado de que isso não poderia acontecer, já que se tratam de recursos de execução obrigatória. Para tentar remediar a situação, Temer afirmou que o partido vai devolver 25% dos novos recursos aos cofres do Tesouro. O partido, porém, ainda não sabe a que mecanismo legal recorrer para fazer essa operação..