Segundo ele, a terceirização é "um fenômeno da economia mundial, não uma invenção maligna de um brasileiro perverso", e por isso seria preciso aceitar a mudança trabalhista. "Aceitá-la significa aumento da produtividade, redução de custos e qualificação dos serviços", afirmou. Além disso, Pazzianotto procurou separar os efeitos da terceirização no crescimento no emprego ou no aumento do desemprego. "O que garante condição de vida ao empregado é a situação da economia. Se está em crise, como hoje, todos os trabalhadores serão atingidos."
Pazzianotto avaliou que nenhum empresário vai terceirizar atividades estratégicas e ainda será o maior "fiscal" da empresa terceirizada da qual utilizar os serviços. "A responsabilidade do tomador é solidária à do fornecedor de mão de obra.
Seguro-desemprego
Um dos criadores do seguro-desemprego durante a elaboração do Plano Cruzado, Pazzianotto defendeu os argumentos do governo atual na proposta de mudar as regras diante das suspeitas de fraudes para receber o benefício. Segundo ele, o seguro-desemprego é pago com recursos do Tesouro e, por isso, "quem paga tem o direito de opinar a respeito do destino do dinheiro".
Pazzianotto, no entanto, defende uma proposta polêmica para financiar o seguro-desemprego: destinar todo o dinheiro do imposto sindical ao fundo para financiar o benefício. "Seria ético e uma destinação muito mais nobre do imposto sindical, lembrando que hoje 20% vão para o governo, 60%, para os sindicatos, 15%, para as federações e os 5% restantes são divididos entre entidades sindicais", afirmou..