São Paulo - A cunhada de João Vaccari Neto, Marice Correa Lima, disse em depoimento aos investigadores da Lava-Jato que foi uma indenização de R$ 240 mil paga pelo PT por causa do escândalo do mensalão que cobriu o valor desembolsado na compra de um apartamento em construção no Guarujá, no litoral paulista, em 2011.
O imóvel foi adquirido por ela da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) - fundada por um núcleo do PT nos anos 1990 e que teve Vaccari como dirigente.
O apartamento - declarado por R$ 200 mil na compra, em 2011 - foi devolvido um ano depois para a incorporadora da obra e rendeu a Marice um crédito de R$ 432 mil, registra análise de inteligência da Receita Federal. A empresa que pagou o valor é a OAS - uma das 16 empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobrás. Em 2014, o imóvel foi vendido pela empreiteira por R$ 337 mil.
Tanto a origem do dinheiro da compra, como o lucro de mais de 100% na venda, um ano depois, são considerados supostas operações fraudulentas de ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro de Vaccari, via Marice.
Os procuradores da República e a PF suspeitam que o negócio "serviu para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos, tratando-se de possível vantagem indevida paga pela OAS a João Vaccari Neto".
Mensalão
Em depoimento prestado à Polícia Federal no dia 20 a cunhada de Vaccari disse que fechou com o PT um acordo para o pagamento de R$ 240 mil por seu nome ter sido citado no escândalo do mensalão, em 2005. Na época, Marice era coordenadora administrativa do partido, que efetuou um pagamento de R$ 1 milhão, em espécie, à Coteminas - empresa do então vice-presidente José Alencar.
A maior parte desse dinheiro, R$ 200 mil, entrou na conta de Marice, em pagamentos feitos entre março e novembro de 2011 pelo escritório de advocacia do ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), segundo a análise de inteligência da Receita, com base na quebra de seus sigilos.
Marice confirmou que a compra do apartamento em construção da Bancoop foi feita "utilizando os recursos recebidos de uma indenização por danos morais, pagos por um advogado mediante acordo". Ela afirmou que o pagamento "não foi precedido de processo ou de notificação judicial ou extrajudicial". Foi um acerto entre as partes por causa da "divulgação do nome" em associação ao mensalão.
Questionada sobre o fato de o escândalo ter ocorrido em 2005 e o pagamento em 2011, a cunhada de Vaccari disse que houve uma negociação com o PT e que foi firmado um contrato do acordo de indenização.
Procurados ontem, nem o PT nem o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh não haviam respondido aos questionamentos feitos pela reportagem até a conclusão desta edição.
O imóvel foi adquirido por ela da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) - fundada por um núcleo do PT nos anos 1990 e que teve Vaccari como dirigente.
O apartamento - declarado por R$ 200 mil na compra, em 2011 - foi devolvido um ano depois para a incorporadora da obra e rendeu a Marice um crédito de R$ 432 mil, registra análise de inteligência da Receita Federal. A empresa que pagou o valor é a OAS - uma das 16 empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobrás. Em 2014, o imóvel foi vendido pela empreiteira por R$ 337 mil.
Tanto a origem do dinheiro da compra, como o lucro de mais de 100% na venda, um ano depois, são considerados supostas operações fraudulentas de ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro de Vaccari, via Marice.
Os procuradores da República e a PF suspeitam que o negócio "serviu para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos, tratando-se de possível vantagem indevida paga pela OAS a João Vaccari Neto".
Mensalão
Em depoimento prestado à Polícia Federal no dia 20 a cunhada de Vaccari disse que fechou com o PT um acordo para o pagamento de R$ 240 mil por seu nome ter sido citado no escândalo do mensalão, em 2005. Na época, Marice era coordenadora administrativa do partido, que efetuou um pagamento de R$ 1 milhão, em espécie, à Coteminas - empresa do então vice-presidente José Alencar.
A maior parte desse dinheiro, R$ 200 mil, entrou na conta de Marice, em pagamentos feitos entre março e novembro de 2011 pelo escritório de advocacia do ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), segundo a análise de inteligência da Receita, com base na quebra de seus sigilos.
Marice confirmou que a compra do apartamento em construção da Bancoop foi feita "utilizando os recursos recebidos de uma indenização por danos morais, pagos por um advogado mediante acordo". Ela afirmou que o pagamento "não foi precedido de processo ou de notificação judicial ou extrajudicial". Foi um acerto entre as partes por causa da "divulgação do nome" em associação ao mensalão.
Questionada sobre o fato de o escândalo ter ocorrido em 2005 e o pagamento em 2011, a cunhada de Vaccari disse que houve uma negociação com o PT e que foi firmado um contrato do acordo de indenização.
Procurados ontem, nem o PT nem o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh não haviam respondido aos questionamentos feitos pela reportagem até a conclusão desta edição.