A iniciativa do magistrado busca rastrear os bens dos investigados para apurar se eles não se desfizeram de patrimônio no decorrer das investigações. Ao todo, foi decretado o bloqueio de R$ 40 milhões dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Luiz Argôlo. A medida abrange o período de 1º de janeiro a 17 de abril de 2015.
Preso na 11ª etapa da operação, no dia 10 de abril, Argôlo é investigado por seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, de quem recebeu ao menos R$ 1,2 milhão por meio de notas frias. Além disso, o ex-parlamentar comprou um helicóptero em 2012, mas, devido a dificuldades para quitar o financiamento, Youssef admitiu à Justiça que pagou o restante da aeronave e a emprestou para o então deputado utilizar em sua campanha em 2014.
O ex-deputado é suspeito ainda de ter adquirido a empresa Malga Engenharia em uma sociedade com o doleiro. Na representação à Justiça, o Ministério Público Federal diz que Argôlo “efetivamente colocou seu cargo à disposição de Alberto Youssef, podendo-se falar em uma verdadeira parceria entre ambos”. Na relação havia “a constante solicitação de vantagens indevidas por Luiz Argôlo, as quais eram adimplidas por Youssef em troca de uma promessa de influência do ex-parlamentar em favor do doleiro”.
Segundo o advogado Omar Elias Geha, que defende o ex-deputado, Argôlo “possui vários financiamentos” em bancos. “Ele não tem dinheiro (nas contas) porque possui vários financiamentos.
Ainda segundo o advogado, Argôlo sempre trabalhou ajudando na fazenda do pai, no interior da Bahia, e não sabia quem era Youssef na época que fez negócios com ele. Devido ao seu envolvimento com o doleiro, Argôlo foi afastado de suas funções partidárias no Solidariedade..