E o ajuste anda mais próximo da negociação do que se imagina. As conversas terão de ganhar um ritmo acelerado ao longo da próxima semana, para que o governo consiga a fidelidade da base aliada no Congresso para aprovar, ao longo do próximo mês, as duas medidas provisórias que alteram direitos trabalhistas e previdenciários.
Temer, auxiliado por Eliseu Padilha (ministro da Secretaria Nacional de Aviação Civil) e Ricardo Berzoini (ministro das Comunicações), terá de superar outro desafio. O processo de distribuição dos cargos aos aliados costuma ser modorrento no governo Dilma Rousseff. A presidente, pouco afeita às conversas políticas, demora a tomar decisões.
Nas agências reguladoras, dos 26 cargos de diretoria, 10 estão sendo ocupados de maneira interina ou estão, simplesmente, vagos.
Alguns cargos não serão mexidos. A Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), presidida por Elmo Vaz, dificilmente trocará de mãos. Ele é afilhado político do ministro da Defesa, Jaques Wagner. Outro que deve emplacar afilhado é o ministro da Saúde, Arthur Chioro, na presidência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O PMDB deve herdar a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), administrada hoje pelo PP..