"Ele (Cunha) não é a última palavra; a última palavra é do plenário. Ele pode rejeitar, mas cabe recurso ao plenário", disse o parlamentar, "Ele não pode ser 'engavetador' da proposta".
No dia 19, durante evento empresarial em Comandatuba, na Bahia, Cunha afirmou que deve rejeitar um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff com base nas chamadas "pedaladas fiscais", manobra com a qual o governo usou bancos públicos para cobrir despesas com programas sociais que deveriam ter sido pagas pelo Tesouro.
O senador e ex-deputado federal disse o que pedido de impeachment está sendo construído pela bancada do PSDB na Câmara dos Deputados, com o apoio da oposição. Ele considerou que há "dados substantivos" para uma fundamentação jurídica da proposta.
"Vamos ver a fundamentação jurídica dos dados, que estão substantivos. Como, por exemplo, os empréstimos de bancos oficiais à controladora, a União, uma fraude, um crime à lei da responsabilidade fiscal", afirmou Caiado, em referência às pedaladas fiscais feitas pelo governo para cumprir a meta de superávit primário.
Também presente na feira, o governador Geraldo Alckmin também falou a respeito do impeachment de Dilma. O tucano negou que o PSDB esteja dividido em relação a apresentar um pedido de impeachment contra a presidente. Alckmin evitou se posicionar sobre o assunto, mas cobrou a investigação para apurar as denúncias contra o governo federal, que possam embasar o pedido, como as pedaladas fiscais e o escândalo de corrupção na Petrobrás.
"O PSDB não está divido.
Durante a abertura do evento, um protesto pelo impeachment de Dilma impediu discurso de autoridades e a cerimônia foi encerrada prematuramente. Alckmin, ao contrário do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), foi aplaudido pelos manifestantes..