Membro do Conselho de Administração da Petrobras até amanhã (ele decidiu não concorrer a novo mandato), Cunha afirmou que não poderia dizer se o colegiado teve conhecimento prévio dos atos descobertos pela Polícia Federal. Ele criticou o domínio do acionista controlador na estatal (o governo) e a falta de liberdade do conselho em fazer a escolha da diretoria, como ocorreu com a escolha do novo presidente, Aldemir Bendine. O conselheiro também apontou a política de preços dos combustíveis como uma das responsáveis pela crise financeira da empresa.
Cunha disse que não aprovou o último balanço da empresa porque foram entregues dezenas de páginas e que não pode avaliar os dados com profundidade de forma "intempestiva". O lançamento dos dados de prejuízo com corrupção, na avaliação dele, foi "inoportuno e adequado". Para ele, tal lançamento foi colocado para ser utilizado como base para cálculo de ressarcimento e acordos de leniência e, eventual fraude, deveria ser lançada no momento da comprovação e não agora. "O prejuízo à Petrobras não é 3% dos valores dos contratos", estimou..