"Se tudo isso não funcionar, que fique claro que a CUT é uma central sindical de mobilização. Se nada disso funcionar, vamos solicitar o veto da presidente e, para auxiliar o veto, vamos fazer um greve no Brasil contra o projeto", advertiu o presidente da CUT, acrescentando que a central pretende que a proposta seja resolvida por um processo de negociação.
Freitas disse que o projeto aprovado pela Câmara dos Deputados representa uma precarização do mercado de trabalho no País e uma volta das regras para 60 anos atrás, "antes de Getúlio Vargas". "É fazer com as empresas não tenham responsabilidade com os trabalhadores", atacou.
Reunião histórica
Vagner Freitas classificou a reunião com Renan Calheiros e as centrais sindicais de "histórica". Renan se comprometeu com um processo democrático de debate, com o projeto passando pelas comissões, sem compromisso com prazos estabelecidos e galerias do plenário abertas para o povo assistir à votação. "Não há nenhum compromisso com prazos que outros fizeram", disse ele, num crítica ao processo de votação na Câmara conduzido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O dirigente da CUT disse que a regulamentação do mercado de trabalho do jeito que foi aprovada pela Câmara é ruim para o País, num momento em que é preciso ter arrecadação e crescimento econômico. "Esse projeto não traz nenhuma arrecadação", ressaltou..